FLAGRANTES FEITOS POR CÂMERAS DE VIGILÂNCIA DENUNCIAM O QUANTO COTIDIANO E FICÇÃO SE CONFUNDEM.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
olho
Há meu olho,o olho que me apresenta o mundo, tudo só é como é para mim, porque ele assim o mostra, e ele mesmo passa despercebido.
E esse órgão é percebido como ferramenta quando é preciso dar atenção a algo, mas isso não pode durar muito, ele tem que ser esquecido logo.
Meu olhar deve ser amalgamado pelo que eu reconheço ser eu mesmo.
Pelo que reconheço ser minha posição no mundo.
Há o olho do outro... que invade.O olho alheio presta atenção em um detalhe que nem imaginamos qual pode ser e o mais importante , o porquê a atenção é dada para justamente aquele detalhe?!
Há o olho público que não pertence a ninguém e representa o olhar de todos, para ele tudo esta aí, mas nada é visto de verdade.
Nada é visto porque para que algo seja realmente visto é necessário que junto com o movimento mecânico do olho haja uma intenção em ver e o olhar público é sem dono, sem guia, o que é público pertence a todos e no entanto não é de ninguém, o olhar público é seco, sem foco.
E então aqui estou em um blog, tentando fazer algo diante da estranha situação:
Olhar público é meu, pois sou parte do público.E é público e por isso, não posso agir como se fosse só meu .
Se por detrás do olho público estivesse um Eu amalgamado, um cérebro, uma alma pública, estaria clamando para que cada um tome o que é seu e assuma o comando do teu olhar. E não choramingue exigindo respeito de maneira afetada, como se hoje ainda estivéssemos no tempo em que respeito é algo que se dá apenas a quem merece.
Que nossas carapaças nos torne invisíveis, como é invisível tudo que é público.
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